sexta-feira, 28 de maio de 2010
Cassimiro de Abreu
Casimiro José Marques de Abreu
(São João da Barra-RJ, 1837 – Nova Friburgo-RJ, 1860)
Poeta lírico e melancólico; seus versos impressionam pela espontaneidade e pela simplicidade.
Era intenção de seu pai que Casimiro de Abreu se dedicasse ao comércio, mas, muito cedo, sente forte inclinação para a poesia.
Aos catorze anos parte para a Europa, onde escreve boa parte de suas poesias. Longe da pátria e atormentado pela nostalgia, pouco a pouco vai definhando, acometido de tuberculose que o levou à morte aos vinte e três anos.
É pequena a obra poética de Casimiro de Abreu. Este escritor nunca “viveu o amor-tragédia, de Gonçalves Dias nem o amor sensual de Álvares de Azevedo” (Soares Amora). Seu amor é simples, puro como nos poemas: Cena Íntima, A Valsa, O Baile. No final de sua vida é dominado por uma crise pessimismo, de tristeza e escreve Livro Negro.
Casimiro de Abreu deixou-nos, de forma marcante, a poesia da saudade: Canção do Exílio, Meus Oito Anos, Minha Terra – poemas escritos em Portugal, onde adquiriu sua educação literária.
Álvares de azevedo
Manuel Antônio Álvares de Azevedo
(São Paulo, 1831 – Rio de Janeiro – RJ, 1852)
Aos dezesseis anos recebe o diploma de bacharel em Letras. Na Faculdade de Direito de São Paulo, Álvares de Azevedo deixa-se contagiar pelos ideais românticos ali existentes; participa,então, da “Sociedade Epicuréia”, cujos sócios têm o nome das principais personagens de Byron e os imitam.
Dotado de uma extraordinária cultura literária, Álvares de Azevedo torna-se um poeta original, abrindo novos horizontes à poesia brasileira. Foi o primeiro poeta vítima do implacável “mal do século”. A sua obra reflete tédio, autodestruição. O poeta busca refúgio no álcool, na vida boêmia, na morte. São temas constantes em seus livros: a idéia de morte e a fuga da vida real para um mundo de sonhos e fantasias.
Segundo Jung, “Álvares de Azevedo pode ser alojado na família de Prometeu, acorrentado em suas próprias e íntimas cadeias. Essas cadeias se foram enrodilhando em sua alma ao aproximar-se dos vinte anos”.
Outros temas freqüentes na obra de Álvares de Azevedo: o satanismo, o anticlericalismo, a dúvida, a descrença, a devoção filial.
O poeta deixa-nos os poemas: Meu Sonho, Se eu Morresse Amanhã!, Lembrança de Morrer, Um Canto do Século, Adeus, nos quais se evidencia a obsessão pela morte, causada pela ânsia do amor. Lira dos Vinte Anos é o seu livro mais importante. Nele o autor revela forte influência de Byron. Nele há excesso de subjetivismo, de imaginação, de erotismo e também a presença da morbidez, do amor dividido entre o espírito e a matéria, da dúvida, morte, solidão, auto-ironia.
Álvares de Azevedo morre antes de ter completado vinte e um anos. Por essa razão, sua obra apresenta algumas imperfeições próprias da imaturidade do poeta, que as escreve dente os dezesseis e os vinte anos. No entanto, é justo reconhecer qualidades da obra de Álvares de Azevedo: simplicidade formal, emprego parcimonioso de metáforas e imagens, inovação na construção de seus versos.
Segundo Manuel Bandeira, “Álvares de Azevedo, em verdade, rapaz morigerado e estudioso, viveu pela imaginação a experiência amarga dos seus modelos da Europa”.
Fagundes de Varella
Luís Nicolau Fagundes Varela
(Rio Claro-SP, 1841 – Niterói-RJ, 1875)
Aos dezenove anos vem para São Paulo e matricula-se na Faculdade de Direito, abandonando o curso dois anos mais tarde.
Com a morte de seu filho primogênito, passa a ter uma vida boêmia.
Mais tarde, transfere-se para a Faculdade de Direito de Recife. Com a morte da esposa, volta para São Paulo. Vive inquieto e torturado, sempre procurando refúgio na natureza. Leva uma vida errante, mas continua escrevendo.
Poeta de grande cultura e sensibilidade, mas de pouca originalidade, Fagundes Varela continua a obra dos primeiros grandes poetas românticos brasileiros edeles herda certas características. Daí a razão da diversidade de tendências em sua poesia: o indianismo, segundo Gonçalves Dias, o subjetivismo e o byronismo de Álvares de Azevedo e de Casimiro de Abreu. Fagundes Varela é também um poeta elegíaco: escreveu o poema Cântico do Calvário, em versos decassílabos brancos, em memória de seu filho, que morrera aos três meses de idade.
Escreveu, ainda, poemas de cunho social e patriótico, sendo, por isso, considerado um poeta de transição entre a segunda e a terceira fase romântica. Deixa-nos várias obras:
_ Noturnas (1861); O Estandarte Auriverde (1863); Vozes d'América (1864); Cantos e Fantasias (1865); Cantos Meridionais (1869); Cantos do Ermo e da Cidade (1869); Anchieta ou o Evangelho das Selvas (1875); Cantos Religiosos (1878).
quinta-feira, 11 de março de 2010
Pintura
A temática romântica baseou-se:
● na literatura do passado e do presente, em particular nos romances medievais de cavalaria, nos autores clássicos, ou nos pré-renascentistas;
● em acontecimentos trágicos, heróicos ou épicos da realidade, tais como naufrágios ou lutas de libertação de minorias;
● na mitologia do sonho e do onírico, povoado por monstros imaginários e visões do subconsciente;
● na natureza protagonizada por lutas entre animais selvagens e pela paisagem, marcada por um certo dramatismo naturalista, iniciando assim as cenas “ao ar livre”;
● nos conteúdos exóticos, com cenas do Oriente ou do Norte de África;
Poemas de José de alencar
'Tentei lhe dizer muitas coisas, mais acabei descobrindo que amar é muito mais sentir do que dizer. E milhões de frases bonitas, jamais alcançariam o que eu sinto por você."
'O coração é sempre verdadeiro, não diz senão o que sentiu; e o sentimento, qualquer que ele seja, tem a sua beleza'.
José de Alencar Cartas comoventes que comprovam: o verdadeiro amor pode nascer ao acaso e vencer a morte!quando se conta aquilo que nos impressionou profundamente, o coração é que
fala; quando se exprime aquilo que outros sentiram ou podem sentir, fala a memória ou a
imaginação.o coração é sempre verdadeiro, não diz senão o que sentiu; e o sentimento, qualquer que ele seja, tem a sua beleza.
Música
Na música ocorre a valorização da liberdade de expressão, das emoções e a utilização de todos os recursos da orquestra. Os assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista ganham importância nas músicas.
Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.
Amar
Para começarmos a desenredar o magno e assombroso mistério do amor, podemos recorrer à singela descrição que Aristóteles faz dele na sua Retórica. Diz-nos o filósofo grego que amar é “querer o bem do outro enquanto outro”.
“Enganar-se a respeito do amor é a perda mais terrível; é um dano eterno, para o qual não há compensação nem no tempo nem na eternidade!” Estas palavras de Kierkegaard continuam plenamente atuais. Por isso, temos de começar por reaprender, na teoria e na prática, o que significa amar. É o que nos mostra esta pequena obra-prima filosófica, lúcida e clara, mas também densa e rica, feita para ser lida com vagar.
Estas páginas breves, de estilo filosófico, são claras e ordenadas, mas também densas e ricas. Devem ser lidas devagar, considerando com calma cada idéia, apreciando o encadeamento lógico e entrelaçando o que aprendemos com a nossa experiência pessoal.
Se aspiramos a construir a “civilização do amor” que os Papas nos têm proposto, precisamos reaprender, na teoria e na prática, o que significa amar.